ThorCroix

joined 1 year ago
MODERATOR OF
 

O mesmo video está com qualidade maior no Vimeo: https://vimeo.com/43639159

 

É a caraterística do privilégio e de toda posição privilegiada matar a mente e o coração dos homens. O homem privilegiado, seja prática ou economicamente, é um homem depravado na mente e no coração. Esta é uma lei social que não admite exceção, e é tão aplicável a nações inteiras como a classes, corporações e indivíduos. É a lei da igualdade, a condição suprema da liberdade e da humanidade. O principal objetivo deste tratado é precisamente demonstrar esta verdade em todas as manifestações da vida social.

Um organismo científico ao qual tivesse sido confiado o governo da sociedade acabaria por se dedicar, em breve, não mais à ciência, mas a um assunto completamente diferente; e esse assunto, como no caso de todos os poderes estabelecidos, seria a sua própria perpetuação eterna, tornando a sociedade confiada aos seus cuidados cada vez mais estúpida e, consequentemente, mais necessitada do seu governo e direção.

Mas o que é verdade para as academias científicas é também verdade para todas as assembleias constituintes e legislativas, mesmo aquelas escolhidas por sufrágio universal. Neste último caso, elas podem renovar a sua composição, é verdade, mas isso não impede a formação, dentro de alguns anos, de um corpo de políticos, privilegiados de facto, mas não de direito, que, dedicando-se exclusivamente à direção dos assuntos públicos de um país, acabam por formar uma espécie de aristocracia ou oligarquia política. Veja-se o caso dos Estados Unidos da América e da Suíça.

Consequentemente, nenhuma legislação externa e nenhuma autoridade - uma, aliás, inseparável da outra, e ambas tendendo à servidão da sociedade e à degradação dos próprios legisladores.

—Bakunin.

https://www.marxists.org/reference/archive/bakunin/works/various/authrty.htm

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 4 points 7 months ago

Brasil decolando: Chu Chuuu...

 

[...] o impacto tanto da agricultura comercial como do crescimento do Estado foi a redução progressiva da fiabilidade das garantias de subsistência até um ponto em que os camponeses não tinham praticamente outra alternativa senão a resistência.

SEGURO DE RISCOS NA ALDEIA

Se a necessidade de um mínimo garantido é um motivo poderoso na vida dos camponeses, seria de esperar encontrar padrões institucionalizados nas comunidades camponesas que satisfizessem essa necessidade. E, de facto, é sobretudo na aldeia – nos padrões de controle social e reciprocidade que estruturam a conduta diária – que a ética da subsistência encontra expressão social.

O princípio que parece unificar uma vasta gama de comportamentos é o seguinte: "A todas as famílias da aldeia será garantido um nicho mínimo de subsistência, na medida em que os recursos controlados pelos aldeões o tornem possível".

O igualitarismo da aldeia, neste sentido, é conservador e não radical; defende que todos devem ter um lugar, um modo de vida, e não que todos devem ser iguais.

A força social desta ética, o seu poder protetor para os pobres da aldeia, variava de aldeia para aldeia e de região para região. Era, em geral, mais fortes nas áreas onde as formas tradicionais de aldeia estavam bem desenvolvidas e não tinham sido destruídas pelo colonialismo – Tonkin, Annam, Jaa, Alta Birmânia – e mais fraca nas áreas pioneiras mais recentemente colonizadas, como a Baixa Birmânia e a Cochinchina.

No entanto, esta variação é instrutiva, pois é precisamente nas regiões em que a aldeia é mais autónoma e mais coesiva que se encontram as mais fortes garantias de subsistência.

Assim, tendo controle sobre os seus assuntos locais, os camponeses optam por criar uma instituição que normalmente protege os mais fracos contra a ruína, fazendo certas exigências aos aldeões mais abastados.

A compreensão das garantias sociais informais da vida na aldeia é crucial para a nossa argumentação porque, como são sustentadas pela opinião local, representam uma espécie de modelo normativo vivo de equidade e justiça. Representam a visão camponesa de relações sociais decentes.

— Por James Scott.

 

No centro dos movimentos populares de protesto dos pobres urbanos e rurais da Europa dos séculos XVIII e XIX não estava tanto uma crença radical na igualdade da riqueza e da propriedade fundiária, mas a reivindicação mais modesta de um "direito à subsistência", uma reivindicação que se tornou cada vez mais consciente de si própria à medida que era cada vez mais ameaçada.

O seu pressuposto central era simplesmente que, independentemente das suas incapacidades civis e políticas, os pobres tinham o direito social à subsistência.

Por conseguinte, qualquer reivindicação das elites ou do Estado sobre os camponeses não podia ter justiça quando infringia as necessidades de subsistência. Esta noção assumiu muitas formas e foi, evidentemente, interpretada de forma elástica quando lhe convinha, mas, sob várias formas, proporcionou a indignação moral que alimentou inúmeras rebeliões e jacqueries.

O "droit de subsistance" foi o que galvanizou muitos dos pobres na Revolução Francesa; esteve por detrás da "taxation populaire", quando o público confiscou cereais e os vendeu a um preço justo determinado pelo povo; esteve também por detrás do "máximo jacobino", que ligava o preço dos bens de primeira necessidade aos níveis salariais.

Em Inglaterra, pode igualmente ser vista nos motins do pão e no malfadado sistema de ajuda de Speenhamland.

A formulação mínima era que as elites não deviam invadir a reserva de subsistência dos pobres; a formulação máxima era que as elites tinham uma obrigação moral positiva de prover às necessidades de subsistência dos seus súbditos em tempo de escassez.

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 1 points 7 months ago

Geralmente voce pode selecionar a lingua da legenda que é gerada automaticamente.

Mas eu conferi de volta e realmente messe video não tem opção para português. Me desculpa, eu misturei as bolas com um outro vídeo.

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 1 points 8 months ago

Obrigado pelos detalhes.

Vou tentar agora no final de semana.

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 1 points 8 months ago

Ótimo,

Obrigado.

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 2 points 8 months ago

A notado.

Obrigado.

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 2 points 8 months ago

Muito obrigado.

 

Olha galera,

Meu laptop de 8 anos atrás, com Windows 10, tá tão lento que eu estou aqui há 10min esperando o Windows iniciar e ficar pronto para eu usar, mas até agora nada.

Por essa razão eu estou pensando em me livrar do Windows e instalar Linux. No entanto eu sou completamente ignorante a respeito de informática. Uma segundo porém, eu não quero ter que passar o dia inteiro tentando instalar e configurar Lunux. Se possível, eu espero apenas fazer algo simples em 2 ou 3 min para instalar Lunix já ficar pronto para usar.

Eu uso o laptop mais para redigir documentos, imprimir e scanear. Minha principal dúvida é se todos os scanners and impressoras funcionam em qualquer sistema operacional, ou Linux pelo menos, ou se eu tenho que descobrir se minha impressora é scanner funcionam com Linux antes de instalar o Linux.

Tendo essas dúvidas e questões resolvidas de forma positiva, então passarei a procurar qual Linux é mais apropriado para mim é achar como instalar.

Obrigado.

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 2 points 9 months ago

Eu daria 2 upvotes se pudesse.

 
 

Esquerda liberal e conseevadora limita-se a grandes eventos e seus líderes. Já esquerda libertária da mais atenção a história da classe trabalhadora que precede e criam os grandes eventos. Video sobre o poder da contra cultura e pequenos grupos de trabalhadores que precedem grandes revoluções. (Auto Legenda em PT)

 

Se formos considerar o fator tempo, uma unidade territorial autogerida existiu no Brasil e durou quase 100 anos, se chamou Quilombo dos Palmares.

Se considerarmos o fator impacto global, temos a Revolução Haitiana que as consequências foram a luta abolicionista no globo, deixando rastros também para as revoluções anticoloniais.

Nesse caso, temos a Revolução Mexicana, onde a pauta da Reforma Agrária atinge movimentos e lutas até os dias de hoje.

Se considerarmos modelos de socialização de propriedade, podemos citar a Revolução Espanhola, onde comitês das cidades e dos campos se uniam para construir uma economia autogerida.

Mas o marxista ortodoxo por algum motivo só considera a Revolução Russa como sucesso. É uma leitura equivocada do ponto de vista histórico, e tem um vício ideológico que ignora a luta e cosmovisão de outros povos, inclusive dos seus próprios países. Como se o modelo e a experiência fosse se repetir exatamente aqui. Um planetário de erros, diria Thompson.

(Kauan Willian)

https://twitter.com/kakobelmont/status/1602796884631887872?t=lcliojH6pelw9K4Dq_LfGg&s=19

Mas eles não levam em consideração que a Revolução Russa tenha sido a primeira com teor marxista, enquanto as outras, maravilhosas, importantes e tudo mais, não eram marxistas? (Bryan)

Eu acho que a confusão é exatamente essa, falar que se não é marxista não foi Revolução. Pera aí, Marx falava do avanço das Revoluções Burguesas, e Lenin das Revoluções de Libertação Nacional. Não é pq não é marxista que não tem relevância revolucionária (Kauan Willian)

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 4 points 10 months ago (1 children)

Vou postando lá algumas coisas das minhas leituras de vez em quando lá.

Obrigado.

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 3 points 10 months ago (1 children)
 

Eu tava querendo postar uma coisa filosófica aqui, foi procurar o grupo e... cadê?

 

...Falar sobre a questão de organização e não organização é ridículo; esta questão nunca esteve em disputa entre anarquistas sérios, exceto talvez para aqueles individualistas solitários cuja ideologia está mais enraizada em uma variante extrema do liberalismo clássico.

Sim, os anarquistas acreditam na organização – na organização nacional e na organização internacional.

A organização anarquista variou de grupos soltos e altamente descentralizados a movimentos de vanguarda de muitos milhares, como a FAI espanhola, que funcionou de maneira altamente coordenada.

O que diferentes tipos de organizações anarquistas têm em comum é que elas são desenvolvidas organicamente de baixo para cima, não projetadas para existir de cima.

Inegavelmente surgem problemas que só podem ser resolvidos por comitês, por coordenação e por uma alta medida de autodisciplina. (...)

Nenhum anarquista sério discordará do argumento (...) sobre a necessidade de eliminar a estrutura imperialista através de grupos organizados."

BOOKCHIN, Murray. Anarquismo e Organização, 1969.

https://twitter.com/profartcast/status/1597804345252352000?t=g_f6bQuNCLWkSmz-4Xy9zg&s=19

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 2 points 10 months ago

Até onde eu entendi sobre essa comunidade, eles operam no mesmo sistema empresarial capitalista, mometarista, etc.

 

Como muitas outras comunidades Michoacán, Cherán sofreu com o crime organizado, subornos políticos e a polícia corrupta. Sequestros, extorsão, assassinatos e abate ilegal da floresta local - o sangue vital da comunidade - faziam parte da vida diária local. O Los Angeles Times fornece o pano de fundo da revolta de 2011:

Esse foi o ano em que os residentes, na sua maioria indígenas e pobres, empreenderam uma insurreição e declararam autodeterminação na esperança de se livrarem dos males que afligem tanto o México: violência desenfreada, políticos corruptos, um sistema judicial desdentado e bandos que se expandiram do contrabando de drogas para a extorsão, rapto e abate ilegal de árvores.

"Para nos defendermos", explicou um líder comunitário, "tivemos de mudar todo o sistema - fora com os partidos políticos, fora com a Câmara Municipal, fora com a polícia e tudo. Tivemos de organizar o nosso próprio modo de vida para sobreviver". Assim, a 15 de Abril de 2011, um grupo de mulheres e homens que utilizavam pedras e fogo de artifício atacou um autocarro cheio de madeireiros ilegais associados ao cartel de droga mexicano, La Familia Michoacana, e armados com metralhadoras. Os vigilantes assumiram o controlo da cidade, expulsaram a força policial e os políticos e bloquearam estradas que conduziam à floresta de carvalhos numa montanha próxima que tinha sido sujeita ao abate ilegal de árvores por bandos armados apoiados por funcionários corruptos.

O policiamento comunitário foi alargado a vinte mil habitantes e a mais de 27.000 hectares de terras comunitárias. Os membros da vigilância dos bairros patrulham tanto a cidade como as florestas circundantes.

A Constituição do México permite o autogoverno e o autopoliciamento pelas comunidades indígenas. Após longas batalhas legais, o governo mexicano está a tratar Cherán autónomo como uma comunidade indígena autónoma.

"Na forma única de governo de Cherán, o verdadeiro poder está totalmente nas mãos do povo. Não há uma única decisão tomada sem consenso, desde quem vai conseguir um emprego local na construção, até à atribuição de serviços públicos e à supervisão da despesa do orçamento. A autoridade da assembleia da comunidade está acima de qualquer outro órgão governamental local"[2].

A comunidade elege um Conselho de 12 pessoas, "K'eri Jánaskakua", e tem cerca de 180 fogatas (Roda de fogueiras onde fazem os encontros) nos seus quatro bairros.

O Terceiro Conselho (Conselho de Anciãos, Conselho Superior, Conselho Municipal, Conselho de Keris) foi nomeado em 2018. Outros órgãos representativos incluem um conselho de jovens, um conselho de mulheres, conselhos de bairro, e um conselho de território comunal centrado no desenvolvimento empresarial.

A cidade proibiu os partidos políticos e as campanhas políticas.

Segundo o Guardian, a versão de Cherán da democracia directa forneceu "uma solução simples para a compra de votos e o patrocínio que atormentam a democracia mexicana". A democracia directa, segundo um activista da comunidade, não só salvou a floresta, como trouxe a paz: Cherán em 2017 teve a mais baixa taxa de homicídios em todo o estado de Michoacán e talvez mesmo em todo o país do México.

https://youtu.be/SrPBdLiqMb0

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Cher%C3%A1n

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 3 points 10 months ago* (last edited 10 months ago) (1 children)

Eu acho que a analogia com fogo e capital não faz muito sentido na minha cabeça.

O que ele ganha em investindo e acumulando fogo? Pu seja, qual é o lucro no curto prazo que o título menciona?

[–] ThorCroix@lemmy.eco.br 4 points 11 months ago (1 children)

Os meios de comunicações mainstream sempre sendo hipocritas.

Uma coisa que eu aprendi quando eu estudava jornalismo é que não existe imparcialidade, mesmo quando intencionado, a imparcialidade não é possível.

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